Intoxicações eletrônicas

Mariana Faturi

Psicóloga e Psicanalista

Gosto muito do termo “Intoxicações eletrônicas” cunhado pela Julieta Jerusalinsky, pois ele nos remete a uma questão de dose. Dependendo do quanto se consome, se intoxica.

É diferente uma criança que assiste a um desenho após um dia de brincadeiras para relaxar antes da janta de uma criança que ocupa seu tempo de faz-de-conta preenchido com TV e eletrônicos.

Os limites e as bordas se constroem através das relações reais, não virtuais.

Um bebê espera que o outro “diga” o que quer dele. Uma criança pequena busca captar no olhar do outro o que ele espera dela para que ela possa corresponder a isso.

A pergunta fundamental, então, é: o que o outro quer de mim?

E como um eletrônico poderia responder o que ele quer de uma criança?

Uma mãe ou um pai podem endereçar algo a seu filho: desejar que ele se desenvolva, corra, caminhe, seja esperto, seja “alguém” na vida…

Mas um eletrônico, o que poderia responder a pergunta da criança: o que você quer de mim? Ele não responde! Ele só apresenta imagens e sons e a criança os repete de forma passiva, não há uma real interação.

Não vamos abolir os eletrônicos, mas é preciso que nós atentemos a questão da dose.

“A diferença entre o remédio e o veneno está na dose.”

O que estamos fazendo com o nosso tempo?

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Mariana Faturi | Psicóloga Clínica | CRP 12/18396

Psicoterapia Psicanalítica para Crianças, Adolescentes e Adultos

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